Tad parabéns

Se eu pudesse usar apenas uma palavra para defini-lo, então, seria ‘genuíno’: genuinamente
desligado e genuinamente amigo. Mas, é claro, que ninguém pode ser reduzido a uma só palavra

– afinal somos complexos demais para tal façanha. Por isso, quando penso no Pedro, não penso só na palavra genuíno, mas em várias – calma, não vou abrir aqui o dicionário, já que são muitos
os adjetivos que lhe cabem – porém, gostaria de mencionar ao menos que trata-se de um dos caras mais companheiros e disponíveis que já conheci em toda a minha (curta, diga-se de passagem) vida.
É o primeiro a sorrir e o último a jogar a pedra, mas não se enganem com a carcaça de bom moço: por baixo, corre nas veias o sangue de ‘cabra macho sim senhor’. De menino arteiro e desengonçado se transformou em pai (e marido), ainda um tanto desengonçado, é verdade, que estreou com a cara e a coragem um papel que lhe caiu no colo antes mesmo que estivesse preparado para o abrir das cortinas, mas que entrou no palco com a mesma confiança de quem incorpora um personagem escrito sob medida.
Ver esse despertar (não vou escrever desabrochar porque senão o Jú vai zoar um montão) é bem bacana. Tad parabéns (atrasado) ... tad boa, tad cabelo branco ...